domingo, 10 de junho de 2012

SARAU:tecendo as multifaces da palavra com o maestro Villa Lobos

  SARAU AGITA E ANIMA A GALERINHA DO 4º E DO 5º ANO DA ESCOLA MUNICIPAL ORESTES BERNARDO CABRAL EM VILA DE CAVA.

 Foi realizado na E.M.Orestes Bernardo Cabral o projeto de incentivo a leitura sobre Villa Lobos onde eram ministradas aulas sobre o maestro durante 2 semanas com a realização de cartazes,acrósticos sobre a vida de Heitor Villa lobos e aconteceua a  culminância no dia 06/06/2012 na E.M.Orestes Bernardo Cabral com as turmas de 4º e 5º ano  no 1º e no 2º turno ,com diversas apresentações, onde os alunos foram tecendo conhecimento sobre as várias dimensões da palavra transpassando e entrelaçando um pouco pela vida do maestro Heitor Villa Lobos que foi um grande incentivador a leitura a medida que ele trabalhava com a palavra na sua dimensão artística.


  Alunos do 4º ano fazendo um jogral sobre a vida de Villa Lobos e declamando algumas músicas conhecidas pelos nossos alunos como:Cerol na mão(bonde do Tigrão) ,Quando te vi  (simony),Pais e filhos(Legião Urbana),Carinhoso(Pixinguinha), o objetivo era analisar a letra da música como mecanismo de comunicação de diversas culturas .
  Estudar e aprender sobre esse grande maestro foi emocionante,ver como ele foi paciente e persistente buscando realizar os seus sonhos,eu quis mostrar com o sarau que ele lutou pela música na escola durante muito tempo e hoje colhemos os frutos de sua luta que provavelmente não foi nada fácil,teve muitos desafios pelo caminho,mas superou todos eles e alcançou seu objetivo,sendo atualmente incorporado a música no currículo escolar e na LDB;O meu objetivo maior  não era trazer nada pronto para as turmas,mas tecer junto com eles e junto com a história de Villa Lobos uma teia de idéias que não se fecha no final do sarau e que continuasse aberta pra que cada aluno aprendesse da sua maneira e do seu jeito.

  Peça :carambola encenada pelos alunos do 5º ano representando a paciência  que o maestro Villa Lobos  teve para lutar pelo que acreditava pela "carambola" no caso:A música nas escolas.





Lanche que compartilhamos todos juntos.




















As nossas meninas dançando a música"bailarina" representando o teatro VillaLobos palco de grandes espetáculos de balé.
Participação das crianças  e dos professores mediadores de leitura que fazem parte do núcleo do CECOM;







Professoras da escola envolvidas no projeto ajudando a servir




  
Transpassamos  juntos com a vida de Villa Lobos pela dimensão da palavra escrita, falada,lida,como expressão corporal,teatralizada e encerramos na palavra como formação de relações pessoais e lembramos  a parceria com a Biblioteca do CECOM e homenageamos as mediadoras de Leitura e a professora Jussara Alexandre representando a equipe de incentivo a leitura da SEMED  com a palavra cantada na voz da Professora Eliane Nascimento entoando a música "Amigo" da Cristina Mel.




Obs: A minha câmera fotográfica estava desconfigurada,por isso a data saiu incorreta,mas faço a ressalva que o sarau foi realizado no dia 06/06/2012.













domingo, 27 de maio de 2012

3ª ENCONTRO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE INCENTIVO A LEITURA DE NOVA IGUAÇU

  Foi realizado no dia 25 de maio a 3ª Reunião de incentivo a leitura de Nova Iguaçu ,foi realizado oficinas sobre Música,Leitura e Tecnologias,com a equipe de Incentivo à Leitura e Informática Educativa.

Oficina sobre Música com a equipe de Incentivo à Leitura da SEMED,dinâmica em grupo.
                                       EQUIPE DE INCENTIVO Á LEITURA DA SEMED



Oficina de Informática Educativa sobre Música e Tecnologias


EQUIPE DE INFORMÁTICA EDUCATIVA DA SEMED










terça-feira, 22 de maio de 2012

Sala de leitura um espaço para fazer arte-REUNIÃO DE CAPACITAÇÃO ESPAÇO PARA TROCAR ARTES




  Atividade apresentada por uma colega incentivadora de Austin  na troca de experiência na nossa reunião de capacitação mensal que REALIZEI COM MEUS ALUNOS DA E.M.ORESTES BERNARDO CABRAL e deu certo,eu trabalhei histórias de Ziraldo e fiz o fantoche de palito de churrasco do menino maluquinho e o fantoche feito com saquinho de papel,eles adoraram;É muito importante ressaltar a importância de estarmos participando dessas capacitações mensais porque enriquece a nossa prática,ninguém sabe tudo,estamos sempre aprendendo coisas novas.A segunda reunião acontecerá na UNIG no dia 25 de Maio no auditório do bloco A DE 9:00 A 12:00 H,SE PLANEJE INCENTIVADOR PARA ESTÁ PRESENTE CONOSCO LÁ,VOCÊ IRÁ GOSTAR MUITO E SÓ ESTARÁ GANHANDO .


ENSINAR EXIGE ESTUDO,PLANEJAMENTO,CRITICIDADE, CRIATIVIDADE, RESPEITO,AMOR (Paulo Freire)




Dicas para trabalhar o incentivo a leitura e a alfabetização com alunos com deficiência auditiva


Alfabetização / Língua Portuguesa
1- Para contar histórias (oralizadas) aos alunos, se você tem na sala alunos surdos ou com deficiência auditiva, utilize recursos visuais e, ao longo da narrativa, observe se as crianças – mediante, por exemplo, expressões de admiração, medo, riso, etc. – demonstram compreender o que está ocorrendo. Utilize objetos: bonecos, bichos, carrinhos, casinhas, etc. Ao terminar, peça aos alunos que desenhem a história e então procure perceber no desenho da criança surda os detalhes das cores, dos tamanhos e, sobretudo, dos sentimentos que se evidenciam no texto: medo, maldade, alívio, etc.
Faça kits de “contação” de histórias:
  1. Avental de histórias;
  2. Saco de histórias;
  3. Caixa de histórias;
2- Ao contar histórias lidas, observe-se o livro está sendo visto pelo aluno. Deixe-o sempre na posição que possa observar os detalhes da escrita e da ilustração. Peça também, ao final, que os alunos desenhem ou reescrevam a história. Conte então novamente a história, apontando com o dedo para as ilustrações e para o texto. Se possível faça tarjas com o texto da história e as coloque na parede.
  • Não se esqueça que os alunos surdos/DA perdem muito da abstração que a linguagem nos oferece, por isso procure dar vida – cor, cheiro, textura e gosto – á história.
3- Para a alfabetização, principalmente se você tem alunos surdos/DAs, não é muito indicado que  utilize o método sintético – silabação. A escrita deve estar sempre associada ao seu significado, ou seja, a palavras, frases ou textos. Faça uma atividade de escrita dos nomes dos objetos da sala e, em seguida, afixe-os nos lugares correspondentes a eles: porta, janela, lousa, etc. Faça listas de outros objetos da escola, da casa, da cidade, do parque, da igreja, etc.
4-Faça um painel com as letras do alfabeto e, na vertical, na direção da letra, peça aos alunos que colem figuras e escrevam o nome correspondente.
5- Recorte figuras de revistas, cole-as em cartolina, faça legendas que as descrevam e pendure-as na parede da sala. Alguns dias depois, retire as legendas e peça que, com basenas figuras, os alunos reescrevam as legendas.
6- Faça um painel com rótulos de produtos. Faça a leitura desses rótulos, associando-os á utilização dos produtos a que correspondem. Essa atividade possibilita ao aluno surdos/DA ampliar e especificar a linguagem por meio do vocabulário.
7-Caso haja surdos/DAs em sua turma, para auxiliar a memorização da escrita, faça crachás com os nomes de todos, incluindo o seu, para serem usados durante a aula.
8- Para fazer um ditado, utilize desenhos, objetos, ou diga as palavras de forma bem pausada, olhando para os alunos. Esta última forma auxilia o surdos/DA na aprendizagem da leitura labial. Você pode também utilizar a mímica de animais: macaco, onça, pássaro, etc; objetos: escova de dentes, peças de vestuário, livro, etc; ações: nadar, pular, escrever, etc.
9- Para escrever os nomes das cores, utilize o lápis da cor escrita. Por exemplo, escreva vermelho com lápis vermelho, etc. Peça que os alunos façam a bandeira do Brasil, de cada um dos Estados, etc.
10- Escreva palavras faltando letras, para que sejam completadas. A essas palavras associe desenhos. Essa atividade chama a atenção dos alunos para o número de letras necessário á composição das palavras. No caso dos alunos surdos/DAs, que não percebem o nível fonético da língua, a atividade também auxilia na construção do conhecimento da escrita, o qual se realiza por meio do recurso da memória visual.
11-Faça com seus alunos um álbum de fotos de família e peça que escrevam os respectivos nomes de seus familiares. Os alunos DVs (deficientes visuais) poderão descrever os familiares oralmente e ter a escrita dos nomes feita por outro colega. Neste caso, tanto os DVs quanto aqueles que forem ajuda-los mobilizarão capacidades: os primeiros, para descrever o melhor possível seus familiares; os segundos, para interpretar as descrições efetuadas e relacionar corretamente nomes e fotos.
12- Faça um quebra-cabeça de palavras associando-as um desenho, pois as imagens constituem um suporte importante no processo de aprendizagem.
13- Faça palavras cruzadas com nomes de alunos da classe ou com outras palavras, sempre associadas a uma imagem.
 14- Para auxiliar a escrita de textos, faça com os alunos alguns passeios pelos arredores da escola e peça que descrevam, na modalidade escrita, o que viram. Os alunos DVs poderão descrever as sensações oralmente, as quais serão registradas por outro colega.
15-No caso de haver DVs em sua classe e tais alunos não terem disponível o método Braille, faça para eles um alfabeto móvel. Este pode ser feito de vários materiais: madeira, papelão, rolos de jornal, etc. As letras de rolo de jornal são produzidas assim:
  • Enrole a folha de jornal na posição diagonal, mantendo-a sempre o mais apertado possível.
  • Ao terminar, passe cola na ponta que ficou solta.
  • Modele então a letra – para isso, use a fita adesiva.
Você poderá fazer também cartelas com letras em alto-relevo, usando sementes, restos de lixa de ferro oumadeira, etc.
16- Se você tem alunos DVs, torne suas aulas mais auditivas. Todos os textos utilizados devem ser lidos em voz alta, se for necessário mais de uma vez. A compreensão e a interpretação do texto devem ser sempre feitas oralmente, antes de ser escritas.
17- Para alunos que ainda não identificam as letras, o professor pode desenvolver jogos que envolvam as letras. Por exemplo:
  • Faça um alfabeto de cores: amarelo, branco, creme, dourado, etc.;
  • De objetos: aliança, boneca, carroça, etc.;
  • De frutas: abacate, banana, carambola, damasco, etc.;
  • De nomes de pessoas, etc.;
18- Para ensinar letras e números, faça em sua sala de aula um jogo de bingo. Você pode fazer duplas, caso você tenha em sua sala crianças com deficiência mental ou visual, para que eles possam identificar mais facilmente os itens sorteados. Você pode variar esse jogo, fazendo uma relação entre quantidade e número: por exemplo, na figura da cartela aparecem três objetose você diz “três”. Isso também pode ocorrer com as letras. Você sorteia a palavra e a criança tem de marcar a letra inicial dela, que está na cartela.
19- Na apresentação e memorização das famílias silábicas utilizar palabras que se repetem ritmicamente, permeando uma poesia, uma parlenda ou uma canção (por exemplo: "A flor amarela" de Cecília Meireles). Os exercícios tanto orais quanto escritos poderão ser feitos vinculados a um texto desde o vocabulário básico, silabação, interpretação até uma atividade mais lúdica como um jogo de rimas com cores (fichas azui escrito pão, mão, não, etc, fichas rosas escrito fada, nada, cada, etc, distribuídas aos alunos, um começa levantando sua ficha e a completa formando pares);
20- Partindo do próprio nome da criança, criar novas palavras associando-as ás características da criança. Formam-se frases do tipo: "Paulo pegou um pequeno pato", "Pegou as peras e preparou um apetitoso prato". Esta frase é construída em conjunto com a classe e o nome a ser trabalhado deverá ser colocado espontaneamente para o grupo trabalhar. O professor deve ter o cuidado de explicar e explorar o vocabulário por ele e a turma escolhido e trabalhado.
21- A repetição rítmica de uma simples quadrinha, com palmas ou outras batidas corporais, com certeza será bastante enriquecedora, dando condições para uma estruturação rítmica, e conceitos de sequência e seriação. Estes conceitos serão transpostos gradativamente a estrutura frasal.
22- Reunir a classe, pedir que dêem uma outra direção ao fim de uma história já conhecida de todos como os contos infantis, inserindo outras ações nas falas dos personagens.
23-“SACO DAS NOVIDADES”
Objetivos:
 Estimular na criança a habilidade de expressar-se perante um grupo;
Desenvolver na criança a capacidade de expor seus pensamentos de
Forma clara e organizada, situando-se no tempo e no espaço, utilizando este recurso como apoio.
Material: 1 saco de pano, com a inscrição SACO DAS NOVIDADES no centro e o nome da criança abaixo, em cola colorida, tinta para tecido ou bordado.
Desenvolvimento: Cada criança deve possuir seu próprio Saco das Novidades que será
levado para casa toda 6ª feira. Durante o final de semana colocará no saco um objeto ou qualquer material que represente ou faça parte de alguma atividade realizada neste período (seja um passeio, uma brincadeira, um lanche, um momento em casa,...).Se não houver possibilidade de colocar uma representação concreta, que seja então uma folha com um desenho da atividade desenvolvida.O Saco das Novidades deve ser trazido e explorado em sala sempre na 2ª feira. A criança mostra o objeto e conta em (no caso de alunos surdos/DA pode ser contando em língua de sinais) o que ele significa que atividade representa, onde e quando foi realizada, quem participou dela.... Se não consegue fazê-lo espontaneamente o professor pode,num primeiro momento, auxiliar fazendo-lhe alguns questionamentos: “O que você trouxe aí?”, “É seu? Não? De quem é?”,“Quando fez isto, foi no sábado ou no domingo?”, “Você gostou?”,...
A partir dessa socialização o professor pode propor aos alunos outras atividades, como criação de frases, pequenos textos, histórias em quadrinhos, ilustrações, e etc.

24-Na apresentação e memorização das famílias silábicas utilizar palavras que se repetem ritmicamente, permeando uma poesia, uma parlenda ou uma canção (P.e. "A  flor  amarela"   de  Cecília  Meireles). Os exercícios tanto orais quanto escritos poderão ser feitos vinculados a um texto desde o vocabulário básico, silabação, interpretação até uma atividade mais lúdica  como  um jogo de rimas com cores (fichas azuis escrito pão, mão, não  etc., fichas  rosas  escrito fada, nada, cada,  etc.,  distribuídas  aos alunos,  um  começa levantando sua ficha e  a  completa  formando pares).
25- Para trabalhar a percepção visual das palavras sugerimos listas e rimas onde uma palavra pode ser transformada em outra com significado completamente diferente. (P.e. - sol, sal, mal, mar ou longe, monge, monte, morte, morto, porto, perto).  Esta atividade tem que ter o cuidado de trabalhar o vocabulário e o significado das palavras procurando trazer tudo o que é falado para situações concretas ainda que seja com ilustração.  As palavras deverão ter sido trabalhadas anteriormente com a criança e, este trabalho deve ser delegado a família.
26- Empregar dramatizações com as crianças, ou com confecção de bonecos, fantoches desenhados e pintados no dorso e na palma da mão com caneta esferográfica e complementados com fios, papéis, etc. Ajudam aos alunos, principalmente os com necessidades educacionais especiais, a prestarem mais atenção na dramatização, e assimilar melhor o conteúdo que o professor deseja transmitir.
27- A repetição rítmica de uma simples quadrinha, com palmas ou outras batidas corporais, com certeza será bastante enriquecedora, dando condições para uma estruturação rítmica, e conceitos de seqüência e seriação.  Estes conceitos serão transpostos gradativamente a estrutura frasal.
28- Antes iniciar um conteúdo, com um aluno surdo, deverá trabalhar os aspectos da sua colocação social e o vocabulário próprio, seu significado. Melhor seria utilizar a LIBRAS, mas na ausência desta estabelecer com o aluno sinais e gestos específicos para cada palavra a ser utilizada.
29-Mímicas:
-Confeccionar vários cartões com palavras que estejam sendo trabalhadas.
-Sortear os cartões entre os alunos que terão que ler a palavra,
reconhecê-la, de preferência sem ajuda, e representá-la através de mímica para que os colegas descubram qual é.
- Aproveitando a brincadeira: a resposta não pode ser falada,precisa ser escrita no quadro pois o objetivo é o português.
-As palavras ficam no quadro até o final das apresentações e depois são copiadas por todos sendo aproveitadas em outras atividades.
- As apresentações dos alunos também podem ser registradas em forma de texto.
30- Quando o professor, for oferecer á classe um extenso texto escrito, sugerimos que o mesmo seja intercalado de ilustrações ricas e significativas. No final do texto de um pequeno vocabulário com as palavras que os alunos não conhecem poderá ser elaborado pela classe toda. Feita a lista, formam-se duplas para buscarem no dicionário o significado da palavra. Desta forma o professor facilitará a compreensão do texto e oferecerá a possibilidade de uma orientação individual pelo colega de classe que formará com ele a dupla.
No link abaixo você encontra mais sugestões de atividades para trabalhar conteúdos de lingua portuguesa com alunos surdos/DA:



 Dicas retiradas do site Idealizado por Ketilin Mayra Pedro, estudante do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia (Unesp-Bauru).

Orientação: Profª Drª Eliana Marques Zanata.
      

sábado, 19 de maio de 2012

Instrumentos musicais feitos com sucata



idéias retiradas do blog Falando de educação
  INSTRUMENTOS MUSICAIS FEITO COM MATERIAIS RECICLÁVEIS.





CHOCALHO



Materiais: 1 latinha de refrigerante, pedrinhas, fita adesiva

Como fazer
1- Lave a latinha de refrigerante.
2- Pelo furo, coloque muitas pedrinhas pequenas, até preencher cerca de 1/3 da latinha.
3- Tape o furo com a fita adesiva.
Como tocar
Balance o chocalho no ritmo da música.


O GRI-GRI



O GRI-GRI é um brinquedo musical. Antigamente era feito em cana ou madeira. A técnica de construção deste instrumento faz lembrar uma velha maneira de atar as pernas das cadeiras, quando se partiam e eram coladas a "grude", antiga cola à base de gelatina de matérias animais, que se dissolvia em água e se aplicava aquecida em "banho maria". A maneira de atar era a seguinte: dar várias voltas com um cordel em torno das pernas que previamente tinham levado cola ou grude. Para aumentar a tensão desse cordel, passava-se por ele uma tábua que tinha a função de o torcer.
Ora o Gri-Gri é construído baseado nesta técnica. Além disso não necessita de "grude" ou "banho-maria". Não sabes o que é banho-maria? Tens de perguntar lá em casa.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Pau de gelado, dois elásticos fortes e uma caixa de fósforos vazia.

EXECUÇÃO



Passa o elástico pelo pau de gelado dando duas voltas. Depois de abrires a caixa de fósforos coloca-o sobre a mesma dando, ao elástico, o número de voltas necessárias para que o pau fique bem preso (o número de voltas depende do comprimento do elástico). Depois, desloca o elástico juntamente com o pau para a extremidade fechada da caixa. Assim, uma das extremidades do pau fica livre e a outra sobre a caixa.
DECORAÇÃO
Sabes que muitos jovens dão um mau uso aos fósforos? Refiro-me ao fumar. Que tal fazeres uma decoração bem garrida no teu GRI-GRI
COMO TOCAR
Segura a caixa de fósforos com a mão esquerda e com o polegar da mão direita bate duas vezes seguidas, duma maneira contínua. Vais ouvir um som idêntico ao do grilo... grigri... grigri... grigri



NUM-NUM



O Num-Num é um brinquedo utilizado pelas crianças, para brincarem às orquestras ou às Bandas. Era também utilizado antigamente pelos "ROBERTOS" (bonecreiros de feira ou de rua que utilizavam o Num-Num para modificar a voz).
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Um rolo de cartão (onde está enrolado o papel de cozinha)
Uma garrafa de água de 1/2 litro (plástico)
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Um canivete ou faca, cola de contacto e lixa nº 150
EXECUÇÃO

Abre-se um orifício com cerca de 3 cm de lado, que deve ser tapado depois com um papel de celofane (por exemplo um papel de rebuçado). Utiliza a cola de contacto, para colar bem o celofane. O bom som do teu Num-Num está no facto de não haver fugas de ar pelo buraco que abriste no cartão. Se cortares a garrafa cerca de 5 cm depois do gargalo e colares essa parte ao tubo de cartão, crias um pavilhão sonoro igual ao dos instrumentos de sopro que têm a função de ampliar o som.
DECORAÇÃO
Quem sou eu para te aconselhar, uma bonita decoração para o teu NUM-NUM. Usa a tua imaginação olha à tua volta e logo encontrarás adornos para o instrumento que acabas de construir. Tem em atenção que em cima da membrana de celofane (papel de rebuçado), não deves colocar nada. Ela deve ficar livre para poder vibrar.
COMO TOCAR
Encosta a tua boca à extremidade mais próxima do celofane e tenta cantarolar uma canção ou fala alto, fazendo voz de ROBERTO

TRÉCULAS



As TRÉCULAS (tradicionalmente feitas de madeiras rijas) aparecem como instrumento de percussão em ambientes festivos e romarias. Dão um colorido muito bonito à música, de parceria com outros instrumentos, como o BOMBO ou os CHINCALHOS. As TRÉCULAS tomam outros nomes, dependendo da região onde são construídas. Em Barcelos, chamam-lhe TABUINHAS.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Qualquer tipo de cartão, desde que o consigas cortar com uma tesoura e uns metros de guita.
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Tesoura, cola de contacto e um furador de escritório.
EXECUÇÃO

Cortas vários rectângulos de cartão (cerca de 25 X 3 cm - não tem medida exacta), de modo a que os possas colar. Junta-os, por exemplo, em grupos de 2 ou 3, dependendo da grossura do cartão. Numa das extremidades fazes dois furos com o furador, que se destinam a passar o cordel e fazeres os dois lacetes destinados à colocação dos dedos polegares de ambas as mãos. Para que os cartões fiquem separados uns dos outros necessitas de colocar entre eles um separador, que pode ser uma tira dos rectângulos de cartão já cortado. Finalmente, basta passares a guita pelos furos de cada cartão, não te esquecendo de colocares os respectivos separadores.
DECORAÇÃO
Como sempre a tua imaginação se encarregará de lhes dar um ar bem garrido. Se puderes trabalha com cartão já colorido e troca de opinião com os teus amigos.
COMO TOCAR
Com os dedos polegares enfiados nos lacetes, abre e fecha as palmas da mão, para que as extremidades batam ao ritmo da música.

MATRACAS

As MATRACAS são instrumentos de ritmo e acompanhamento de dança e cantares, quase sempre relacionadas com actos litúrgicos em substituição da campainha, uma vez que esta, nem sempre era permitida em determinadas cerimónias. Existem MATRACAS de diversos tamanhos, sendo os espanhóis grandes entusiastas deste instrumento. Como curiosidade, em Espanha existem MATRACAS tão grandes, que têm de ser tocadas mecanicamente.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Cartão, pano ou plástico forte e platex
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Tesoura e cola de contacto
EXECUÇÃO

Essencialmente as MATRACAS são duas tábuas unidas por uma dobradiça. Se utilizares vários rectângulos (30 X 4 cm) colados uns aos outros, consegues uma estrutura forte e sonora. Numa das extremidades aplicas o pano ou o plástico forte, que tem a função da dobradiça. Se quiseres aumentar a sonoridade das MATRACAS, colas na extremidade livre no interior, dois rectângulos de platex (4 X 3 cm). A cola de contacto deve ser dada nas duas superfícies a colar, esperando cerca de 10 minutos, antes de efectuares a junção das duas peças. Nunca tenhas pressa de acabares o instrumento que estás a construir. Aprende a saborear o teu trabalho.
DECORAÇÃO
Uma simples sugestão... utiliza autocolantes, para colorires as partes exteriores das MATRACAS.
COMO TOCAR
Pega nas MATRACAS pela parte média. Agora executa um movimento idêntico ao do bater palmas ao ritmo da música. Vês, já estás "mestre" como percussionista.

CHINCALHOS

É bem provável que a expressão "ir às sortes" não te diga nada. As "sortes" eram as inspecções militares obrigatórias. A rapaziada que vinha do campo para a cidade, aproveitava as caricas das bebidas para fazer este instrumento. Como curiosidade nos AÇORES as caricas são substituidas por "soalhas-pedaços de ferro" e em vez de chincalhos chamam-lhe "SISTRO". São parecidos com uma fisga, isto é, tomando feitio de um "V".
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Cartão, pregos e caricas.
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Tesoura, martelo e cola
EXECUÇÃO

Ser reparares na fotografia dos chincalhos, ele tem a forma de uma pá, onde existe uma pega e um sítio mais largo onde vais pregar as caricas. Deves colar várias tiras de cartão para ficar com a consistência devida, de modo a aguentar os pregos. As caricas devem ser furadas com um prego mais grosso do que aquele que vais utilizar para as fixares ao cartão. O tamanho e o número de caricas que vais utilizar é variável. Não te esqueças de tirar o vedante que existe no interior da carica, porque sem ele, obténs uma melhor sonoridade.
DECORAÇÃO
Com canetas de feltro podes decorá-lo ao teu gosto.
COMO TOCAR
Nada mais simples. Chincalhos ao ritmo duma cantoria. Mas não te esqueças da expressão “ir às sortes ". A Música tem uma importância vital, no equilíbrio do teu crescimento. Com ela vais aprender a saborear a vida. As "sortes" eram uma inspecção médica. Mesmo que não gostes, do serviço militar obrigatório, aprende a estimar a tua saúde.

SARRONCA

A SARRONCA é conhecida por muitos nomes dependendo da zona onde é fabricada. RONCADEIRA, ZAMBURRA, ZURRA-BURROS ou simplesmente RONCA nome porque é conhecida na zona de Elvas. É um instrumento tocado para o acompanhamento de canções de Natal ou das Janeiras.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Uma lata, plástico forte, cordel e uma cana fina (de preferência arrancada com a raiz)
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS

Tesoura, canivete e lixa nº 150
EXECUÇÃO

Arranja uma lata com a capacidade de um litro ou maior. Ata a cana ao plástico na parte central: se a cana tiver raiz, consegues atá-la melhor. Agora amarra o plástico à lata, de modo a esticá-lo sempre que deres uma ou duas voltas com o cordel. Com a ajuda do pai ou da mãe ou, porque não da irmã ou de um amigo, consegues que o plástico fique bem esticado. Se estiver bem esticado a cana fica na perpendicular, caso contrário a cana tomba para o lado e terás de voltar a atar desde o início. Nada de pressas, porque devagar é que se vai ao longe.
DECORAÇÃO
Que tal, à hora de jantar, quando todos estiverem sentados à mesa, a decoração da tua SARRONCA ser motivo de diálogo.
COMO TOCAR
A SARRONCA produz um ronco que se obtém friccionando a cana em movimentos lentos de cima para baixo e vice-versa, mas sempre com a mão molhada. Não apertes muito a cana e tem sempre a mão molhada. As prendas de Natal, têm sempre outro sabor, acompanhadas com a sonoridade da tua SARRONCA. A propósito de Natal. Acreditas no Pai Natal? Muitas vezes, a história e a imaginação, não são objectos palpáveis, como o dinheiro ou os brinquedos. O Pai Natal, faz parte do teu imaginário, dos teus sonhos e sonhar é um processo humano de crescer

REQUE-REQUE

São os REQUE-REQUE minhotos os mais exuberantes do nosso país. Muitas vezes representam figuras humanas de braços articulados e são construídos de tábuas, muitas vezes com mais de um metro de altura. Em outras zonas utilizam uma cana muito grossa. Se cada zona tem um reque-reque diferente, porque não, seres tu a inventar o teu próprio. Aqui fica uma simples ideia.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Uma garrafa de água de 5 litros, uma cana, canetas de plástico que já não escrevam e uma rolha ou a própria tampa da garrafa
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Uma pequena serra, um canivete e cola de contacto
EXECUÇÃO

Cortas as pontas das canetas e retiras o filtro onde a tinta fica embebida (se sujares as mãos nesta operação, podes utilizar um algodão embebido em lixívia para as limpar). Com a cola de contacto (se não sabes utilizar esta cola, não te esqueças de ler as instruções do fabricante) faz a junção das canetas às reentrâncias do garrafão de água. Se passares a cana dum modo ritmado pelas canetas (não te esqueças de que a cola deve estar bem seca antes de tocares), logo ouvirás o som do teu REQUE-REQUE. No entanto se rachares a cana numa das extremidades o som é mais claro e forte. Se colares a cana à rolha ou à tampa do garrafão é uma sugestão que te dou para a cana ficar arrumada quando não utilizas o teu REQUE-REQUE.
DECORAÇÃO
Nem sempre o que te agrada, agrada aos outros, por isso decora-o a teu gosto. Se os outros não gostarem, paciência...haja saúde, eles que façam um e decorem-no com as ideias que te deram.
COMO TOCAR
Já alguma vez, uma pulga te mordeu? A mim já! Como é lógico, fiz o que não devia. Comecei a coçar, para baixo e para cima, para baixo e para cima. E assim estás um " REQUE-REQUISTA” de se tirar o chapéu.

ADUFE

Se puderes, um dia dá um passeio até ao ALENTEJO. Se já lá estás deves-te sentir orgulhoso, pela riqueza, entre muitas coisas, dos cantares e deste belo instrumento. O ADUFE aparece em três zonas do nosso país: Alentejo, Beira Baixa e Trás-os-Montes, onde é conhecido por PANDEIRO. A técnica de fabrico é diferente. Por exemplo, no Alentejo utilizam a bexiga de porco curtida para fazerem a pele em Trás-os-Montes utilizam pele de cabra a que chamam de "samarra". Uma curiosidade interessante: antigamente os ADUFES, só eram tocados por mulheres.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Duas tampas de caixas de cartão quadran-gulares ou então uma simples caixa de cartão quadrangular. Onde as arranjas? Sapatarias, casas de malas ou no teu sótão.
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Tesoura e cola de contacto
EXECUÇÃO

Na sua construção original o ADUFE não é mais do que quatro tábuas pregadas a topo forradas por uma pele cosida ou pregada. Para tapar os pontos ou os pregos costuma ter uma faixa de tecido com berloques nos cantos. Outros são feitos duma maneira mais rudimentar. O teu Adufe é feito de uma maneira mais simples. Colas, bem colado as duas tampas de cartão, colocas à volta uma tira de pano também bem colada e apertada para lhe aumentar a resistência. Depois de concluído, toca de arranjares na tua escola um grupo de cantares, para abrilhantares as festas do Natal, Carnaval, etc.
DECORAÇÃO
São os ADUFES alentejanos, aqueles que mostram um maior cuidado na decoração. No entanto, se permites um sugestão, informa-te junto dos teus familiares mais velhos, quais as tradições na decoração deste instrumento, que existiam na tua zona habitacional. De certeza que vais ouvir histórias interessantes, que te vão ajudar na escolha dos adornos.
COMO TOCAR
O ADUFE toca-se ao alto, com um bico voltado para cima, à altura da tua cabeça. A mão esquerda dá o andamento da cantoria e a esquerda tamborila, dando um colorido especial à música.

ZANGÃO

O Zangão toma este nome pela sonoridade que produz. É um brinquedo que pode ser feito de um simples botão. Antigamente todos os brinquedos ou instrumentos que a rapaziada (rapazes e raparigas) fazia estavam sempre ligados ao meio ambiente e a épocas sazonais. Assim, na Primavera, quando as abelhas começavam a trabalhar recolhendo o néctar das flores, para depois dentro da sua colmeia, nos favos, o transformarem em mel, saltava a imaginação para a construção do ZANGÃO.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Cartão e um metro de cordel de embrulhos
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Tesoura e cola
EXECUÇÃO

O que produz som no ZANGÃO é o atrito do objecto que roda em relação ao ar. Se esse objecto tiver pontas, ele terá um som mais penetrante. Se fizeres vários, com feitios diferentes verás a diferença de sonoridade. A sugestão que te dou é de uma estrela, obtida pela colagem de vários cartões. É importante que os dois orifícios, que vais fazer na parte central da estrela estejam bem perto um do outro, caso contrário o ZANGÃO não tem um movimento rotativo regular. Passa o cordel pelos orifícios e ata as extremidades livres.
DECORAÇÃO

O ZANGÃO é o macho da abelha, mas quem manda na colmeia é a abelha. Por isso rapaz, o melhor é pedires um conselho decorativo a uma rapariga, mas se a executante for uma rapariga não dês nenhuma ferroada no rapaz, só pelo facto dele te ter dado um palpite para a decoração. Resumindo, sigam o exemplo das abelhas... trabalhem em conjunto.
COMO TOCAR
Enquanto o cordel é novo e não está acamado, não é fácil o ZANGÃO produzir som. No entanto, estica o cordel com os dedos indicadores das mãos e começa por imprimir um movimento rotativo à estrela. Ela deve ficar a igual distância dos extremos. Logo que o cordel se comece a entrançar estica-o. Logo verás que a estrela começa a rodar e o cordel entrança em sentido contrário.
Com o tempo apanhas-lhe o jeito, embora ao princípio sintas uma certa dificuldade em obter som. Depois, não queres outra coisa, até sabe a mel.

TAN-TANS

Não sei se sabias, mas a primeira comunicação telefónica em Portugal foi entre o Observatório Meteorológico da Escola Politécnica e o Observatório Astronómico da Tapada da Ajuda, em Novembro de 1877, com uma linha telefónica de 3 km, tinha o Sr. Alexandre Bell inventado o telefone há pouco mais de um ano. No entanto foi o tambor, ou um tronco oco de uma árvore que serviu de meio de comunicação entre os homens e mulheres, há muitas centenas de milhares de anos. No meu tempo de menino e moço, falava-se ao telefone com duas latas de graxa de sapatos e um cordel, porque namorar, não era nada fácil.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Duas latas com capacidades diferentes, um cordel com cerca de dois metros, plástico forte e linha de coser das valentes.
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS

Uma tesoura
EXECUÇÃO

Prendes e esticas bem o plástico em cada uma das latas. Esta operação deve ser feita por duas pessoas: uma ata e a outra vai esticando o plástico. Depois das duas latas, terem o respectivo plástico bem esticado, atas uma lata à outra, de tal modo que os plásticos fiquem à mesma altura.
DECORAÇÃO

De "coração" te digo. A arte é tua, mas não dês cabo dos ouvidos, lá em casa. Tocar tambor não é fazer barulho. Aprende a tocar os teus TAN-TANS ao ritmo de uma música do teu agrado. Não te esqueças do conselho e tem cuidado com os teus ouvidos. A surdez é uma doença terrível e o facto de ouvires música muito alto, pode danificar os teus ouvidos.
COMO TOCAR
É importante que os teus TAN-TANS, tenham o plástico bem esticado. Com a ponta dos dedos bate ritmadamente no tambor maior e depois no pequeno ou vice-versa. Os TAN-TANS, seguram-se entre as pernas, para poderes utilizar as duas mãos na sua execução. Agora tenta acompanhar o ritmo de uma canção

MARACAS

Segundo uma classificação orgonológica inter-nacional, os instrumentos musicais estão divididos em cinco grupos, onde existem ainda subdivisões. Os Cordofones (como a Guitarra Portuguesa), os Membranofones (como o Adufe), os Aerofones (como a Flauta) os Ideofones (como as Maracas) e os Electrofones (como o Órgão Electrónico). As MARACAS são instrumentos de percussão muito utilizados na música latino-americana. Com o aparecimento da RÁDIO, a música popular das diversas regiões começou a misturar-se, bem como os respectivos instrumentos musicais. Assim as MARACAS, hoje em dia, não servem só para acompanhar música latino-americana, mas qualquer tipo de música.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Uma lata de refrigerante e cerca de 30 cm de um cabo de vassoura (de preferência, não serres o cabo da vassoura lá de casa).
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Tesoura, serra, martelo, prego, cartão e pedrinhas.
EXECUÇÃO

Arranjas uma lata de refrigerante ou outra qualquer que tenha uma capacidade de cerca de 30 cm cúbicos. Atravessas a mesma com um pedaço de pau com cerca de 30 cm de comprimento. Colocas no interior da lata algumas pedrinhas (não coloques muitas) e com uma rodela de cartão, que tenha um furo ao meio para passar o pau, vedas a saída da lata de modo a que as pedrinhas não saiam. Podes utilizar, vários cartões colados, para dares uma maior resistência e evitares a saída das pedrinhas quando estiveres a tocar.
DECORAÇÃO
As MARACAS são sempre instrumentos muito coloridos a base de cores quentes. Mas se tu fores friorento, decora-o com bem te apetecer.
COMO TOCAR
Pega no cabo, ou pega, da tua Maraca e tenta, chocalhá-la ao ritmo da música. Se fizeres duas, para que tenham sons diferentes, coloca mais pedrinhas numa do que noutra. E agora vamos à dança

GENEBRES

Tradicionalmente, o GENEBRES é feito de madeira rija, que lhe dá uma sonoridade forte e aguda. Em Portugal ele aparece na zona raiana da Lousa,(Castelo Branco). Nessa zona, os estudiosos da matéria afirmam ter sido importado de Espanha onde é conhecido por CARRASQUIÑA (carrasquiña, lê-se carrasquinha), dança popular espanhola do século XVIII). No nosso país, o GENEBRES é tocado por homens, numa festa religiosa em homenagem a NOSSA SENHORA DOS ALTOS CÉUS, que tem lugar no mês de Maio. Uma curiosidade dessa dança, é que os homens estão vestidos de mulheres.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
2,4 m de tubo plástico, 30 cm de cana seca, 2 m de cordel, canetas de feltro velhas.
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Serra, furador, tesoura, berbequim com broca de 3 mm e lixa nº150
EXECUÇÃO

Começa por cortar o tubo plástico (tipo PVC) em vários bocados, onde o maior tenha, por exemplo, cerca de 30 cm. Depois vai reduzindo o tamanho em cerca de 2cm. Corta 10 tubos. Se utilizares estas medidas, gastas cerca de 2,10 metros de tubo, mais o desgaste da serra. Assim o maior terá 30cm e o mais pequeno 12cm. O GENEBRES tem duas pegas: uma de pescoço (este instrumento toca-se pendurado ao pescoço) e outra de mão, destinada a esticar o GENEBRES. Do tubo restante, corta as duas pegas com cerca de 10cm cada. Agora, utilizando um berbequim (cuidado se for eléctrico) começas por furar o tubo mais pequeno. Estes furos destinam-se a passar a corda que os vai unir. Para que os tubos não fiquem juntos uns aos outros, tens de utilizar um separador. Corta bocadinhos de caneta de feltro com cerca de 1cm cada. Não te esqueças de tirar o feltro da caneta. Finalmente para montares o teu GENEBRES, basta enfiares o cordel pelos tubos, colocando um separador de cada lado, entre cada um deles.
DECORAÇÃO
Podes utilizar fita plástica de várias cores ou ... quem sabe és tu.
COMO TOCAR
Pendura uma das pegas ao pescoço. Com uma das mãos pega na outra e estica-o ao longo do corpo. Com o auxílio da cana, toca-o como se fosse um reque-reque.

CÍTARA

Vais construir um instrumento mágico. A CÍTARA é um instrumento histórico. Em Portugal foi muito tocado por senhoras, no século passado. Tem a sua origem na lira de Apolo, que segundo a mitologia foi inventada por Anfião, meio-irmão de Apolo, para o acalmar. A caixa de ressonância da Lira de Apolo era uma carapaça de tartaruga. Mas, não precisas fazer mal a nenhum animal, porque a tua CÍTARA, tem como caixa de ressonância uma embalagem de cartão dos sapatos. Modernamente as CÍTARAS utilizam uma caixa acústica de madeira, são baixas e têm muitas cordas. Mas como a vida está cara, a tua , só vai ter oito cordas : DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI, DÓ.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Caixa de sapatos de cartão forte, 2 ripas de pinho (30 x 3 x 1 cm), 8 camarões, 3 ripas de pinho (30 x 1 x 1 cm), 8 parafusos de 2 cm de comprimento, 60 cm de arame e fio de nylon de 1mm e 0,5 mm (2 metros de cada -pode ser fio de pesca).
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Serrote cabo de faca, tesoura, furador, cola de contacto e berbequim com broca de 1,5 mm.
EXECUÇÃO

Faz um orifício redondo na tampa da caixa de sapatos (a boca ou abertura musical). Reforça a parte debaixo da caixa de cartão, com as ripas maiores. Podes colá-las ou pregá-las. Estas servem de reforço aos furos que vais fazer para aplicares os parafusos e camarões. Para aumentar a resistência da estrutura cola a tampa à parte de baixo. Fazes agora 8 furos equidistantes nos topos da caixa de cartão, que devem furar também a madeira. Neles enroscas, dum lado os parafusos e do outro os camarões. Na parte superior da CÍTARA, o tampo nos cordofones, tens de colocar dois apoios de cordas e um cavalete móvel, que fica no meio destes. Os pontos de apoio de uma corda devem ser finos e duros. Por esse facto, deves colocar sobre estes, um arame. A técnica é simples: com um serrote, fazes um rasgo ao correr da madeira, que serve de sulco para que o arame não se desloque. Finalmente vais colocar as cordas de nylon. As mais grossas, para as notas mais graves e as mais finas para as outras. O cavalete do meio deve ter uma inclinação de cerca de 60 graus e ficar o mais próximo possível dos carrilhões (os camarões). Deves afinar a tua CÍTARA, comparando as notas com as de outro instrumento, como um Orgão Electrónico ou uma Flauta de Bisel.
DECORAÇÃO
Como sempre, a tua imaginação é quem manda. No entanto deixo-te uma simples sugestão. Antes de iniciares a construção, forra a caixa de sapatos com um papel a teu gosto.
COMO TOCAR
As cordas na CÍTARA são beliscadas com uma palheta, igual à das violas eléctricas. A palheta, normalmente, é um pequeno triângulo de plástico. Procura no teu livro de música, modinhas simples, que tenham a extensão de uma oitava. Não te esquecendo de tocar todos os dias. Os grandes músicos, quando começaram, precisaram de trabalhar muito, para conseguirem a precisão desejada. Trabalha e vencerás.

FLAUTA DE ÊMBOLO

Existem vários tipos de flautas. Talvez a mais conhecida, seja a Flauta de Bisel. Os diversos orifícios que tem ao longo do tubo, definem as notas quando tu sopras, no bocal da flauta. A FLAUTA DE ÊMBOLO, não tem orifícios para dar diferentes notas, mas sim um êmbolo que se ajusta ao interior do tubo. O seu movimento, de vai-vém no interior deste, faz com apareçam um conjunto de notas ditas não temperadas. Quer isto dizer, que além das notas principais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si e dos "acidentes" de 5 delas - as teclas pretas do piano - no total 12 notas), tu podes obter, mais sons. Por exemplo, se fizeres um movimento rápido com o êmbolo podes imitar o chilriar dum pássaro. Se tiveres em casa, piriquitos ou canários, exprimenta tocar esta flauta junto deles. Não acredito que saibas linguagem de pássaro, no entanto vais ouvir uma resposta ao som da tua FLAUTA DE ÊMBOLO.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Tubo plástico (do tipo PVC, 20 cm de diâmetro) e barrinha de madeira
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Serrote cabo de faca, canivete, lixa nº 150 e cola
CONSTRUÇÃO

Para poderes fazer uma boa flauta, é importante que a barrinha entre justa no interior do tubo de plástico. Vais necessitar deste pormenor para fazeres o bisel. A cerca de 2 cm de uma das extremidades, fazes um corte no tubo. Cerca de 1 cm à frente, com o serrote bem inclinado fazes um segundo corte, destinado a abrir a janela do bisel. Não faças força ao serrar. Quanto mais força, menos o serrote corta. Para que esta operação seja feita com cuidado, deves prender o tubo a uma prensa e pegar corretamente no serrote. Cuidado com os dedos, nada de pressas. Com o auxílio do canivete vais aperfeiçoar a janela, retirando os bocadinhos de plástico, que sempre ficam quando se serra um tubo. Da barrinha de madeira ou de uma pequena rolha vais fazer o BUJÃO. É a peça que vai ser colocada dentro do tubo. Tem cerca de 2 cm de comprimento. Vai da extremidade até à entrada da janela. Com o canivete fazes um corte, na parte redonda, destinada a permitir a passagem do ar, quando tu sopras. O BUJÃO deve ser colado ao interior do tubo. Depois de bem seco, fazes uma rampa, com o serrote, na parte contrária à janela e com a lixa dás-lhe o acabamento final. A barrinha de madeira pode ser substituida por uma caneta velha desde que, numa das extremidades, lhe coloques fita-cola, de modo a engrossá-la, para que ela se ajuste bem ao interior do tubo.
DECORAÇÃO
O que costumas fazer aos papeis de embrulho quando te dão uma prenda? Eu costumava utilizá-los para forrar os livros da escola. Se tiveres algum guardado, podes fazer tirinhas e enrolá-las à volta do tubo. Como sempre, estou a dar-te uma sugestão. Dizem que gostos não se discutem... embora eu não concorde.
COMO TOCAR
A técnica de soprar numa flauta, é a seguinte: tenta soprar dizendo "tu". Ao movimentares o êmbolo vais obtendo uma sequência de notas musicais. Quanto mais dentro estiver o tubo, mais aguda é a nota. Normalmente os adultos, não acham muita graça a estes diálogos com os pássaros. Não te importes... quando o fores, vai reagir da mesma maneira. Dizem que são os conflitos de gerações. Enquanto puderes, brinca. Não queiras ser um adulto, feito à pressa.


ROUXINOL

Tradicionalmente, o ROUXINOL é de barro e está relacionado com a indústria oleira de Barcelos. No entanto, ele aparece em Trás-os-Montes e nas Beiras. Um facto curioso é o aparecimento deste instrumento nas Festas de Junho em Lisboa, à venda em mercados nocturnos, juntamente com manjericos. Também conhecidos por ASSOBIOS DE ÁGUA, eram e ainda são pintados com cores garridas. Como levam água no interior, o silvo produzido pelo apito faz agitar a água, modulando a nota, lembrando o gorjear de um pássaro.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Garrafa de plástico com tampa de rosca, tubo de plástico (do tipo PVC) e uma pequena rolha
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Serrote cabo de faca, canivete e lixa nº 150
CONSTRUÇÃO

Se já construíste a flauta de êmbolo, com facilidade vais fazer o assobio feito em tubo de plástico. O comprimento deste, depende da altura da garrafa. No entanto fica com uma ideia aproximada, de que o tubo deve sair cerca de 5 cm fora da rolha e o final deve ficar a cerca de 1 cm do fundo. A garrafa deve ter um orifício, com cerca de 1 cm de diâmetro junto ao gargalo destinado à saída do ar, quando sopras. Se colocares na garrafa cerca de 5 cm de altura de água, quando soprares no apito, ouvirás um som muito parecido ao chilrear de um pássaro. Quando com o canivete fizeres um furo na rolha da garrafa, para que nele possa entrar o apito, tem o cuidado de o fazeres bem justo ao tubo. O ar sai por aí e o silvo não é tão bonito.
DECORAÇÃO
Tradicionalmente o ROUXINOL era pintado com cores garridas, como o amarelo, o verde e o vermelho. Mas tenho a certeza de que tu vais tratar bem o teu ROUXINOL. Sabes, é muito feio tratar mal os animais. Até há adultos que abandonam os cães e os gatos, só porque querem ter férias, sem tratar deles.
COMO TOCAR

Fazer barulho com o teu rouxinol é fácil, mas imitar um bom chilreado, tem a sua arte. Porque o saber está no soprar. Quando fores passear, com os teus pais ou amigos, presta atenção aos sons que te rodeiam e logo encontrarás o chilrear de um pássaro. Se além do passeio, houver pic-nic, não te esqueças, de que o lixo não é para lá ficar

FLAUTA DE PÃ

FLAUTA DE PÃ ou Flauta de Amolador é um instrumento com grandes tradições em Portugal. O amolador fazia-se anunciar ao som da sua flauta, correndo a escala musical, do grave para o agudo e vice-versa, com uns floreados pelo meio. Era a publicidade da época. Porque além de amolar facas, "tisoiras" e consertar panelas, ele também arranjava guarda-chuvas. O povo da aldeia, quando ouvia ao longe o som da sua FLAUTA DE PÃ, dizia ... vai chover! É um instrumento muito antigo. Já os Romanos e os Gregos o fabricavam e tocavam. Ainda hoje esta Flauta é conhecida em todo o Mundo. Na Birmânia é um dos instrumentos populares mais importantes, onde é conhecido por "NAÚRE" e no Peru existem Flautas de Pã com 2 metros de altura. Para que não tenhas de comprar um escadote, aquela que vais construir é ... muito mais pequena.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
1 metro de tubo PVC, 8 rolhas de cortiça, cerca de 20 cm de cana e 2 metros de fio de lã
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Serrote para ferro, lima paralela para ferro, canivete e lixa nº 150
EXECUÇÃO

As canas, são o material escolhido para o fabrico deste instrumento. Em Portugal, não é fácil encontrar boas canas, para a sua construção. A alternativa que te deixo, é a do tubo de plástico. Para iniciares a construção, vais cortar o tubo em 8 bocados com alturas diferentes. Ao fazeres estes cortes, não confundas o " ar da serra ", com os cuidados ao serrar. Os tubos maiores produzem um som mais grave e os menores mais agudo. Para que tenham uma sonoridade bonita e cristalina, eles devem ser bem fechados num dos lados. A altura dos oito tubos é: 16,5;15;14;13;12;11;10;9 cm. A operação de corte deve ser seguida do bolear do tubo, com a lima e depois com a lixa, uma vez que para tocares esta flauta vais ter de encostar o tubo, aos lábios e se o tubo estiver rugoso podes aleijar-te. Agora coloca uma rolha em cada um dos tubos. Pede auxílio ao teu professor de música para afinares correctamente estas notas. A afinação faz-se subindo ou descendo a rolha no interior do tubo; depois de teres as 8 notas afinadas vais juntá-los, com o auxílio de tiras de cana e corda ou fio de lã.
DECORAÇÃO

O atar dos tubos com lã de várias cores dá um aspecto alegre à FLAUTA DE PÃ. Mas alegria vais tu sentir, quando começares a tocar as tuas modinhas. Diz um provérbio chinês, que casa onde exista música, a família é alegre e tranquila.
COMO TOCAR
Ao princípio pode parecer-te complicado, mas logo lhe apanhas o jeito. Encosta os lábios a um só tubo e sopra com força. Primeiro começa por fazer escalas ascendentes (dó,ré,mi,fá,sol,lá,si,dó) e depois descendentes (do agudo para o grave). Passados poucos dias, vais ser capaz de tocar algumas modinhas. Saber tocar bem esta flauta, é treinar todos os dias, porque ninguém nasce ensinado. A propósito de ensinar: não te esqueças de ensinar os teus amigos a construir uma FLAUTA DE PÃ, depois da tua estar pronta . Se a união faz a força, faz um conjunto de flautas com os teus amigos.

METALOFONE

Sabes por é que chamei a este instrumento musical METALOFONE e não XILOFONE? É que num xilofone o material vibrante é a madeira. A palavra xilofone vem do grego (xylon, madeira e phone, som). Os xilofones africanos são muito bonitos, tanto na sonoridade como no aspecto. São conhecidos por MARIMBAS. Além do elemento vibratório, réguas de madeira rija, o som é ampliado por cabaças, que funcionam como caixas de ressonância. O seu país de origem é o Oriente. Durante as cruzadas, espalharam-se por todo o Mundo. Como cabaças e madeira rija, não abundam e são caras o melhor é procurar garrafas de plástico, que vão funcionar como caixas de ressonância e um bocado de tubo de ferro de um carrinho de bebé, abandonado por falta de espaço ou porque o seu ocupante cresceu e agora quer um carro com motor.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Uma garrafa de água de 1,5 litros, 2 mais pequenas, espuma de nylon, tubo de ferro e pau de vassoura velha
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS

Serra para ferro, canivete, lima paralela para ferro e cola de contacto
EXECUÇÃO

Começa por construir o suporte dos diversos tubos (no total oito). Na garrafa maior abre uma fenda longitudinal, ou seja ao correr da garrafa, com a largura de 6 cm. Cola por baixo desta, as duas mais pequenas. Junto à abertura da garrafa maior, cola bocadinhos de espuma de nylon, que têm por função segurar e separar os tubos de metal. Vamos agora serrar os 8 tubos. Começa por serrar um com 10 cm de comprimento e verifica qual é a nota mais próxima do som que dá quando percutido. Como na flauta quanto maiores, mais grave é o som. Assim para afinares uma nota tens de cortar pequenos anéis, com cerca de 1mm, até obteres uma afinação exacta. O cabo de uma vassoura velha serve muito bem de baqueta. As garrafas pequenas servem para guardar os tubos, quando transportares o METALOFONE. Se quiseres que o METALOFONE afine bem, conta com umas boas horas a cortar tubos.
DECORAÇÃO
Lá porque demoraste muito tempo nas afinações, aprende a terminar aquilo que começas. Se tens acompanhado o livro, já tens uma colecção de 22 instrumentos. Esmera-te na decoração deste.
COMO TOCAR
Segue os exemplos da FLAUTA DE PÃ. Primeiro escalas, depois pequenas melodias que possam ser tocadas com a extinção de uma oitava

VIOLÃO

Se sabes o que é um violão e olhares para a fotografia anexa, logo chegarás à conclusão, que as semelhanças são poucas. Mas no dizer do poeta, o sonho é uma constante da vida. Tinha cerca de 11 anos, quando o meu pai me ofereceu a primeira viola. Em breve, formei um conjunto, onde a imaginação e a falta de dinheiro, davam asas à minha criatividade. Tudo servia para ser transformado em instrumento musical. Como curiosidade, a palavra VIOLÃO, aparece em português, para distinguir a guitarra clássica (violão) das violas mais pequenas, conhecidas por violas de arame, como a BRAGUESA, CAMPANIÇA, etc.. O documento mais importante escrito, sobre o antepassado mais directo do violão, a vihuela, data de 1555 e foi escrito por Juan Bermudo.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Uma grande caixa de cartão, ripa de pinho com 1x 0,4 x 0,2 metro, 2 m de arame, 3 camarões, 3 pregos, uma carica, uma caneta de feltro velha e arame de aço ou 3 "mi" de aço para violão.
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Serrote cabo de faca, canivete, compasso, martelo, alicate, furador, grosa de meia cana, lixa nº150 e cola de contacto.
CONSTRUÇÃO

Primeiro começas por preparar a tampa da caixa. Com um compasso desenhas duas circunferências e com o auxílio do canivete, abres os buracos. O teu violão tem duas bocas, é de muito alimento. Depois fazes o aperfeiçoamento com a grosa e a lixa. Cola e prega a ripa de madeira, bem na parte central da tampa. Espalma uma carica e prega-a no fundo onde encosta a ripa. Cola toda esta estrutura à parte de baixo da caixa de cartão. Coloca na parte superior da tábua os 3 camarões destinados a esticarem as cordas. Se pretendes que o teu violão tenha uma ESCALA TEMPERADA, (uma escala dividida em meios tons), que é obtida pelas barrinhas de metal, chamados trastos ou trastes, então precisas de arranjar uma bitola. Tiras uma fotocópia à escala de um violão. A ESCALA é uma parte do VIOLÃO, onde se colocam as barrinhas de metal - os trastos - sobre a qual passam as cordas. Recortas essa escala, que vai servir de bitola para, com o serrote cabo de faca, fazeres pequenos rasgos, que vão servir de guia ao arame. A função deste arame é dividir a escala (a ripa de pinho ) em meios tons, isto é servir de trastos. Finalmente colocas as 3 cordas de aço. O VIOLÃO afina do agudo para o grave da seguinte maneira: MI, SI, SOL, RÉ, LÁ, MI (bordão). Como o teu violão já tem duas bocas, tem menos cordas. Assim, podes utilizar só as três primeiras notas da afinação MI, SI, SOL. As cordas devem passar por cima do cavalete (caneta de feltro cortada ao meio), sendo rigorosa a posição deste sobre o tampo da caixa de cartão. A distância da pestana (primeiro arame onde a corda se apoia) ao 12º traste tem que ser rigorosamente igual, à distância do 12º traste ao cavalete. Nos violões, a pestana é de plástico ou osso.
DECORAÇÃO
Muitos são os guitarristas (no teu caso violistas) que personalizam o instrumento, inclusive dando-lhe um nome humano. Um famoso guitarrista, tem uma viola eléctrica, com o nome de Lucille. Se observares com atenção as revistas de música, logo encontrarás ideias para a decoração do VIOLÃO.
COMO TOCAR
O VIOLÃO toca-se, pisando as cordas com a ponta dos dedos da mão esquerda e com uma palheta (pequeno triângulo de plástico), na mão direita bates a respectiva corda. Se fores canhoto, inverte tudo o que acabaste de ler. Se a experiência te agradou, passa da brincadeira à acção. Se puderes, inscreve-te numa escola de música ou tenta aprender com um amigo. Nunca foi o dinheiro que impediu alguém de aprender, porque a força de vontade arrasa montanhas.

VIDROFONE

A primeira vez que vi e ouvi tocar, um instrumento parecido com este, foi num CIRCO, ainda usava calções e a tábua onde estava sentado, devia ser ortopédica, devido à dureza que imprimia ao meu rabiosque. Tinha um grande suporte em ferro cromado e, penso eu, uma extensão cromática de duas oitavas ou seja 24 notas. Uma escala cromática tem 12 notas, as 7 naturais de Dó a Si e os acidentes, vulgarmente conhecidos por sustenidos, que são 5 (as teclas pretas do piano, numa oitava). Nem queiras saber a confusão que me fez o facto de garrafas iguais darem sons diferentes. Depois toda elas eram muito coloridas e reflectiam as luzes dos projectores, dando-lhe um ar mágico. E pensando para com os meus botões... mágico... deve ser isso, isto é, mais um truque de ilusionismo. Mas não era, mais tarde, descobri o segredo que vou partilhar contigo.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Réguas de madeira, para o suporte, 5 garrafas de vidro, cordel, 5 rolhas novas, 5 camarões e um martelo de brincar.
FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Uma tesoura, um furador, um canivete, um berbequim com broca de 3 mm, um martelo e cola de contacto.
CONSTRUÇÃO

Este vidrofone pode ter ou não as garrafas apoiadas. Se quiseres podes imaginar um suporte de madeira, baseado na figura anexa. Para isso tens de furar as rolhas com a broca de 3mm (cuidado se utilizares um berbequim eléctrico, porque as rolhas esfarelam-se com muita facilidade. Se puderes utiliza um berbequim manual (é menos perigoso e não esfarela tanto a rolha). Este furo destina-se à passagem do cordel, para que possas pendurar a garrafa, depois de colocares a rolha no gargalo. Vamos agora deslindar o truque de afinar as garrafas. Colocas água da torneira em todas elas. Com um martelo de brincar ou simplesmente com um pau, bates numa delas e tenta ouvir a nota obtida. Para isso necessitas de ter um instrumento correctamente afinado que te vai servir de termo de comparação. Se tiveres um afinador electrónico, mais correcta fica a afinação. Outra ideia é pedires ajuda ao teu professor de música ou a um amigo (amiga) teu que tenha um ouvido musical já educado. Depois com o auxílio de uma palhinha vais retirando água até obteres a nota desejada. É aqui que está o truque. Quanto menos água, mais aguda é a nota. Se quiseres dar cor à água, utiliza anilinas. Depois de cada uma das garrafas afinada, vais colocar as rolhas, para que o líquido não saia. Perder líquido quer dizer que essa garrafa ficou desafinada. Se utilizares rolhas atravessadas por um cordel, depois de as colocares nas garrafas, aplica um pouco de cola de contacto sobre a rolha, que vai ter a função de vedante, para que o líquido não saia.
DECORAÇÃO
Não coloques autocolantes nas garrafas. Eles vão tirar o brilho das notas musicais. No entanto se construíres um suporte de madeira, podes dar asas à tua imaginação. Este instrumento em grande, era tocado pelos palhaços do circo. Aqui está uma maneira, de prestares uma homenagem a estes homens, que têm como profissão, fazer-te rir. E a eles, será que lhes apetece rir? As pessoas gostam muito de ir ao circo, durante a época natalícia. Será que o palhaço, não come durante o resto do ano?
COMO TOCAR
Este instrumento não é aconselhado a nervosos, caso contrário, em vez de notas musicais temos cacos de vidro. Como só tem 5 notas, as melodias mais complicadas não poderão ser executadas neste instrumento. Mas se assim o desejares, podes aumentar o número de garrafas e como é lógico, as notas musicais.
Se conseguiste fazer todos os instrumentos, parabéns. Portugal precisa de músicos que defendam o nosso património musical. Aprende a ter garbo naquilo que é português. Afinal estás a proteger aquilo que também te pertence. Se gostaste de ler este livro e de fazer todos estes instrumentos, obrigado, ele foi elaborado especificamente para ti. Mas se puderes, não te esqueças de partilhar os teus conhecimentos, com os teus amigos e amigas.


Chocalho de lata de alumínio
Você vai precisar:
01 lata de alumínio
Semente de feijão, milho, arroz ou pedrinhas
Fita adesiva
Modo de fazer:
Você pode enfeitar seu chocalho com figuras que você imprime e cola. Ou pode pintar sua lata com tinta plástica.
Encha sua lata com a semente que você tiver ou pedrinhas.
Cada semente fará um barulho diferente e você pode fazer vários chocalhos conseguir diversos sons.
Vede o buraco da latinha com fita adesiva e cole uma figura por cima para dar um acabamento legal.

Flauta de Papelão
Você vai precisar:
01 tubo grande de papelão - use o tubo vazio de papel alumínio ou tubo de filme de PVC aqueles de embrulhar comida.
Um pedaço de papel vegetal
Elástico ou fita adesiva
Modo de fazer:

Fure o tubo com lápis ou recorte os furos, mas cuidado: se for usar alguma coisa que corte, peça ajuda para um adulto, ok?
Prenda o pedaço de papel vegetal em uma das extremidades com elástico ou fita adesiva.
Toque a flauta soprando pelo lado que ficou aberto e fechando e abrindo os furos com os dedos

Violão de Caixa de Sapatos
Você vai precisar:
01 caixa de sapatos
06 elásticos
Fita adesiva
Modo de fazer:
Recorte uma abertura na tampa da caixa de sapatos.
Prenda a tampa com fita adesiva.
Coloque os 06 elásticos no centro da caixa, sobre o buraco, conforme a figura acima e divirta-se!

Tambor de Pote Plástico ou Lata
Você vai precisar:
01 pote plástico ou 01 lata com tampa plástica
Barbante ou Corda
Modo de fazer:

Enfeite seu pote ou lata. Você pode imprimir um desenho
de seu personagem preferido e colar.
Faça 2 furos no pote ou lata, passe o barbante e amarre por dentro.
Pendure no pescoço e toque com uma colher ou
pedaço de pau (use um "rashi" - talher de comida japonesa).


Matéria retirada de um site Português




terça-feira, 22 de setembro de 2009


Instrumentos musicais com materiais recicláveis


A pedido da Aline Borges ensino nesta postagem como fazer alguns instrumentos fabricados com materiais reciclaveis.
PANDEIRO

Materiais: 1 prato de vaso, 8 tampinhas achatadas e arame

Como fazer
1- Peça para um adulto abrir quatro fendas nas laterais do prato de vaso, usando uma serrinha manual (dando um espaço de 8 a 10 cm entre uma fenda e outra).
2- Com um prego, faça um furo acima e um abaixo de cada fenda.
3- Fixe um pedaço de arame nos furos de cima e perfure o meio das tampinhas achatadas de garrafa.
4- Prenda o arame nos buracos de baixo, fixando bem as tampinhas.

Como tocar Toque na sequência que mostra a figura: primeiro bata o dedão, depois a ponta do dedo-médio, o punho e a palma da mão.

use a convenção:
dedão 1
ponta 2
punho 3
tapa 4






ZAMPONHA

Materiais: cano fino de PVC e fita-crepe

Como fazer
1- Corte 2 pedaços de cano PVC, um com 30 cm, outro com 20 cm, usando uma serrinha manual.
2- Tampe um buraco de cada cano usando a fita-crepe.
3- Com os buracos tampados virados para baixo, alinhe os canos por cima e grude-os com fita-crepe.

Como tocar
Assopre a parte aberta do cano, buscando a embocadura ideal, e toque uma nota de cada vez.
FLAUTA D'ÁGUA

Materiais: 30 cm de cano fino de PVC, fita-crepe e 1 bexiga

Como fazer
1- Encaixe o bico da bexiga inteiro na ponta do cano e grude com fita-crepe.
2- Coloque um pouco de água dentro da bexiga.
Como tocar
Encha a bexiga de água. Depois, assopre a parte aberta do cano, buscando a embocadura ideal, e toque uma nota de cada vez.
Dica: puxe a bexiga enquanto toca para conseguir notas diferentes.
SAX

Materiais: 40 cm de cano fino de PVC, fita-crepe e 1 garrafa de plástico

Como fazer
1- Com uma régua, meça 3,5 cm da ponta do cano e faça uma marca.
2- Faça um corte em diagonal a partir da ponta do cano até a sua marca.
3- Use um pedacinho de garrafa de plástico no formato da ponta cortada do cano e fixe-o com fita-crepe.
Como tocar
Cubra a parte de fita-crepe com a boca e assopre devagar até sair som.

BELISCOFONE

Materiais: 40 cm de cano grosso de PVC, fita-crepe e 1 bexiga (se possível, mais resistente)

Como fazer
1- Corte o bico da bexiga fora e encaixe a outra parte na boca do cano, esticando bem.
2- Grude a borda da bexiga no cano com a fita-crepe.

Como tocar
Puxe e solte a bexiga dando beliscões
CLAVA

Materiais: 40 cm de cano PVC com espessura média e 1 tampão de PVC que encaixe na ponta do cano

Como fazer
Bata a ponta marrom em piso duro, cerâmicos ou em pedras.
Como tocar
Puxe e solte a bexiga dando beliscões
CHOCALHO

Materiais: 1 latinha de refrigerante, pedrinhas, fita adesiva

Como fazer
1- Lave a latinha de refrigerante.
2- Pelo furo, coloque muitas pedrinhas pequenas, até preencher cerca de 1/3 da latinha.
3- Tape o furo com a fita adesiva.
Como tocar
Balance o chocalho no ritmo da música.